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Arbitragem Brasileira, embalagem bonita e sem conteúdo. Por Rafael Saraiva, colunista da RS SPORTS.

Para Rafael Saraiva, a subjetividade e conveniência do ser que opina é mais importante o que está escrito no Livro da Ifab.
  • Categoria: Esportes
  • Publicação: 01/05/2025 13:59
  • Autor: Rafael Saraiva
Nesse feriado 01 de maio, dia do trabalhador, uma reflexão sobre o atual momento da arbitragem brasileira. Para Rafael Saraiva, ex árbitro de futebol e colunista dos canais RS SPORTS, não há uma perspectiva de melhora no cenário. Mesmo sendo considerado no meio da arbitragem um crítico ferrenho da categoria, o mesmo embasa a sua opinião com dados. Atualmente várias comissões de arbitragem distorcem o que está escrito no livro da IFAB, principal setor da arbitragem a nível mundial, na qual é publicado todas as normas que os árbitros devem seguir no 2º semestre e 1º semestre do ano seguinte. A reunião que discute se tem de ter alguma mudança ou não sobre as Regras do Jogo, ocorrem nos meses de fevereiro ou março.
O que se preocupa, é com a questão física e estética do árbitro, em todos os casos, não se discutem a essências das Regras do Jogo, o significado do por que da luta contra o racismo e a inclusão de todos com respeito. Sobre as Regras, a distorção e a criação de termos que não estão escritos no livro da Ifab, isso é o principal ponto pelas inúmeras reclamações de jogadores, técnicos, jornalistas e torcedores, o subjetivo de um prevalece o que é proposto como imparcialidade.
Algumas situações quando acontece são várias explicações subjetivas, isso gera insatisfação de todos. Vou mencionar uma situação quando a bola toca no braço de um jogador de defesa em sua área. Essa situação usa várias explicações para não ser marcado pênalti, por algum motivo subjetivo, como: “ A posição do braço é natural? Está junto ao corpo? Movimento natural do braço do jogador, ou movimento natural do jogador? Proximidade do jogador se tinha como tirar a mão?”. São termos criados que distorcem o que está escrito no livro, não existe nenhum destes termos. O que deveria ser feito pelo livro, marcar a penalidade e pronto.
Porque a situação se fosse ao contrário, a mão toca no atacante, na qual após ela entrar em gol, em todos aqueles termos falados para justiçar o não pênalti, não se aplica o significado de justiça e imparcialidade, ou seja, se beneficiou com a situação de forma ilegal. Em outras palavras, na matemática, a ordem dos fatores (axb=c é igual bxa=c) não altera o produto (c ). O que se ver é a preocupação com a embalagem do árbitro, na qual dentro não se tem nada, uma embalagem vazia, sem um produto. O que se ver é um produto sem função, uma sobra, em outras palavras, um lixo que não é reciclável, não se aproveita nada para a função proposta. Nem para esporte de Fisiculturismo, na qual preocupa com a musculatura para fins estéticos, já é eliminado antes de mesmo de fazer a inscrição, na modalidade é um produto “feio”. Por uma destas situações a arbitragem brasileira encontra-se nesta situação. O sentimento idealizado de justiça o árbitro não se aplica, o que se ver são vários árbitros arrogantes, com embalagem bonita e sem conteúdo. O se conclui que todos estão indo contra a mão, em sentido contrário do que deveria está.